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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

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Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

OS GOESES PRESOS POR QUEREREM, SEREM E NÃO ABDICAREM DE SER PORTUGUESES


"Padre Chico Monteiro, homem de convicções profundas, foi sempre fiel aos seus princípios até nos momentos mais difíceis. Quando a 14 de Agosto de 1964 declarou à polícia indiana que pretendia manter a cidadania portuguesa, foi-lhe dado um prazo para continuar a residir em Goa. Ultrapassada a data, recusou-se a pedir a extensão da autorização. Tendo ignorado a ordem para sair da Índia, no prazo de quinze dias, foi processado e, após julgamento, condenado. Embora sujeito a ameaças e preso em Mapuça, no Forte de Reis Magos e em Patiala (Punjab), recusou terminantemente abandonar Goa, porque tinha a plena convicção de que se assim procedesse as autoridades oficiais jamais o autorizariam a regressar à sua terra natal."

São linhas que todos os difamadores de Portugal deviam ler.



Padre Chico Monteiro, o patriotismo português em Goa

O padre Chico Monteiro, natural de Candolim, Goa, nascido a 1 de Fevereiro de 1918 e falecido em 29 de Outubro de 1990, é praticamente desconhecido da maioria dos portugueses, mas os que fizeram serviço militar em Goa, ou por qualquer outra razão estiveram no antigo Estado Português da Índia, conhecem-no e reconhecem não só a importância que teve na educação de uma geração de jovens estudantes como a influência que exerceu na sociedade goesa.

Foi fundador e director do Lar dos Estudantes, sito no Altinho, em Pangim, e professor de religião e moral no então Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, localizado na capital goesa.

Dedicou a vida a servir o próximo, sobretudo no campo educacional, do desporto e de apoio às instituições de caridade e solidariedade, pugnando pela melhoria de condições morais e espirituais dos carenciados.

No âmbito do vasto programa anual de comemoração do centenário de seu nascimento, vão realizar-se diversas iniciativas em Goa, entre elas a sessão de homenagem no citado Lar dos Estudantes, inauguração de um monumento comemorativo, lançamento do livro sobre a vida e obra deste ilustre sacerdote, bem como um torneio de futebol. É justo recordar que o Padre Chico foi a alma da equipa de futebol da Académica de Goa.

Com o decorrer do tempo os ventos da história mudaram e hoje a relação Portugal-Índia é excelente, graças ao esforço diplomático dos países e à visita de António Costa à Índia. Mas nem sempre foi assim e os factos não podem cair no esquecimento.

Goa, conquistada definitivamente por Afonso de Albuquerque a 25 de Novembro de 1510, foi invadida e conquistada pela União Indiana, a 18 de Dezembro de 1961, e anexada. A história tem comprovado que é nos momentos mais conturbados que se destacam as grandes figuras.

Padre Chico Monteiro, homem de convicções profundas, foi sempre fiel aos seus princípios até nos momentos mais difíceis. Quando a 14 de Agosto de 1964 declarou à polícia indiana que pretendia manter a cidadania portuguesa, foi-lhe dado um prazo para continuar a residir em Goa. Ultrapassada a data, recusou-se a pedir a extensão da autorização. Tendo ignorado a ordem para sair da Índia, no prazo de quinze dias, foi processado e, após julgamento, condenado. Embora sujeito a ameaças e preso em Mapuça, no Forte de Reis Magos e em Patiala (Punjab), recusou terminantemente abandonar Goa, porque tinha a plena convicção de que se assim procedesse as autoridades oficiais jamais o autorizariam a regressar à sua terra natal.

No Portugal hodierno, foi preciso Marcelo Rebelo de Sousa ser eleito Presidente da República para se recuperar o sentido mais profundo de patriotismo e os portugueses deixarem de ter vergonha de empregar esta palavra, carregada de simbolismo.

São homens portadores da estatura cívica e moral de padre Chico Monteiro que fazem a diferença entre o comum dos mortais e os que deixam um legado para as gerações futuras. Nunca serão esquecidos, pois ganharam a distinção e, por mérito próprio, continuarão a fazer parte da história.

Valentino Viegas
Historiador

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